por José Ernani Almeida

Todo medíocre é perigoso. Ele não tolera a inteligência alheia e usa da linguagem chula e baixa para atingi-la.
É o caso de Jair Bolsonaro, que a cada dia revela mais e mais seu aspecto pequeno, tacanho, intelectualmente pobre. Sua agressividade e o total despreparo para o cargo que ocupa são patentes.
Nessa semana, em clara intimidação sexual e moral, Bolsonaro insultou a repórter da Folha de São Paulo Patrícia Mello afirmando que “ela queria dar o furo a qualquer preço”.
A repórter foi acusada, sem provas, de oferecer sexo em troca de uma determinada matéria sobre fake news, por Hans River, que trabalhou durante a campanha presidencial em uma empresa especializada em marketing digital.
Tempos atrás Bolsonaro já havia dito à deputada Maria do Rosário: “você não merece ser estuprada”. Acabou condenado por incitamento ao estupro.
Fica evidente que a direita adepta do bolsonarismo tende a enfrentar qualquer posição próxima ao feminismo usando da intimidação sexual e moral.
Meus espantados botões indagaram: “mas esta é a maior autoridade da República? É o representante dos cidadãos de bem?”
A resposta é sim. Parece ridículo. É ridículo. Mas pessoas como Bolsonaro pensam e agem realmente assim. Para afirmar uma masculinidade duvidosa, pretendem se passar por cafajestes. Optam pela baixaria, pela agressão, pelo banditismo.
Na verdade, estamos nas mãos de um medíocre que se acha “mito”. Que não vê nenhum problema em desrespeitar o decoro, a dignidade e a honra que a lei exige para o exercício da Presidência da República.
Estamos vivendo um tempo de escuridão. A luta é para trazer a luz de volta.
JOSÉ ERNANI ALMEIDA é professor de história do Brasil e especialista em história pela UPF/RS
Categorias:ARTIGOS
Muito boa a matéria, aliás não sei se perdi, mas no Instagram também postam quando vai ter encontro, palestra. Pois sempre leio as matérias, vejo na página. Mas quando vejo no site que não entro tanto já se passou a palestra por assim dizer. Grato dês de já e sucesso aí vocês são fantásticos.
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