por Cláudia de Marchi

Sempre levei o sexo à sério.
Nunca fui o tipo de mulher que pratica sexo casual. Sempre gostei de ser conquistada!
Não à toa, após várias relações e muitas frustrações profissionais, passei a pensar na ideia de tornar-me acompanhante de luxo.
Mas, claro, uma “Cláudia de Marchi” acompanhante de luxo, não uma “profissional”. E o que seria uma “Cláudia” acompanhante? Ora, uma mulher inteligentíssima e bem resolvida que cobra acima da média para não agir profissionalmente.
Uma mulher que não “atende” vários caras num dia ou numa semana, mas que (só) transa com quem lhe cativa e que, sobretudo, não tem o dinheiro como objetivo principal na vida.
Por ser o tipo de mulher que nunca foi “facinha”, eu acho que dispor-se a pagar R$ 850,00 para ficar uma hora comigo é bastante galante e fino. Quase um “romantismo” nesse mundo insano onde quase não se vê mais o bom e velho “jogo de sedução”.
“Mas que jogo de sedução existe para uma acompanhante de luxo?”.
Ora, para ter a companhia de uma “Cláudia acompanhante de luxo” o portador de testículos tem que fazer coisas que muitos homens não fazem por suas ficantes (leia-se, pelas mulheres com quem transam gratuitamente sem compromisso): primeiro, precisam ler a meu respeito! Precisam mostrar-me que tiveram uma curiosidade tal a ponto de acessar o meu site para se informar para, depois, marcar um encontro pago comigo.
Há nisso respeito e honraria que não se encontram nas relações interpessoais atuais, seja em Tinder ou em baladas.
Eu não sou narcisista, mas gosto de ser admirada e desejada! Sinto isso mais, agora, sendo cortesã, do que na maioria dos meus relacionamentos amorosos. Tenho certeza que se a maioria das mulheres deixarem o ego de lado e analisarem friamente as relações que estabelecem com seus “contatinhos”, irão concordar comigo.
Mas praticar a humildade é coisa de espíritos grandiosos, logo, a maioria se ressente de mim, simplesmente porque tive coragem de me impor, de cara aberta para o mundo e ter prazer com o que e com quem também me dá lucro, prezar e admiração.
CLÁUDIA DE MARCHI é acompanhante de luxo e escritora
Categorias:ARTIGOS
Um homem que paga por sexo leva o sexo a sério? Que escolhe uma mulher por um site como escolhe um produto, leva uma mulher a sério? O sexo pago contribui para a objetificação da mulher. Gostar se ser desejada e admirada tbm é algo que aprendemos com o patriarcado. Somos ensinadas a desde sempre agradar aos homens para que eles nos desejem. Você também tem que querer e desejar. Sexo é troca, e para levá-lo a sério é preciso saber o que você deseja e admira no outro também, para escolher um bom parceiro para você, para não ser apenas objeto de desejo do outro.
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