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O cocô do Bolsonaro

por Wellingtom Lima Amorim

Imagem de Jota Camelo

Nos últimos tempos muito se fala das merdas presidenciais. Mas ninguém está preocupado em interpretar de forma profunda o cocô (do) presidente.

Até percebe-se a fixação anal do nosso líder, sem porém questionar os fundamentos de tal comportamento. A tarefa da Filosofia é justamente ir de encontro às últimas causas. Neste caso, a merda do presidente.

Segundo Freud, a fase anal é justamente o ato de prender e soltar o cocô, fase que proporcionará a primeira fonte de prazer a uma criança. O controle do cocô está associado aos louros do reconhecimento dos pais que sempre estão de saco cheio de trocar fraldas. É assim que o pequeno infante percebe que o seu cocô, quando bem controlado via cu, é um produto valioso no mercado de afetos.

Existe uma anedota que conta que Leonardo da Vinci, quando criança, fazia cocô e gritava: – Eu fiz! E saia correndo e rindo. Como as anedotas também falam do inconsciente, pode-se dizer que o cocô é sempre um feito artístico, do qual o artista sempre se orgulha.

Diante dessas premissas, quando o presidente diz que devemos fazer cocô dia sim e dia não, o que ele inconscientemente quer nos dizer? Simples: que devemos aprender a controlar o cocô, retê-lo, nem que seja em nome de Deus.

Em suma, a atitude saudável de um ser humano ajustado socialmente é possuir a capacidade de aprender a administrar o entre e sai de merdas. A merda presidencial não pode ser diferente, ela precisa ser gerida com certa destreza e habilidade, sem com isso sentir vergonha pelo prazer causado por este movimento.

Fica a indagação: como terá sido a primeira infância do presidente, a ponto dele sentir nojo de nossas merdas? Estou curioso e gostaria realmente de realizar uma pesquisa científica sobre o cocô do presidente!

Ela poderia nos responder de um ponto de vista fenomenológico hermenêutico, partindo de uma fundamentação teórica psicanalítica. Afinal, a violência de muitas de suas declarações em nove meses de governo usa o cocô como elemento e critério.

É importante ressaltar que não estou falando de uma extrema esquerda que provoca verdadeiras diarreias quando resolver obrar. Mas falo daqueles que conseguem administrar a vida respeitando o público e o privado, o obscuro e o claro, enfim, aquele que é um verdadeiro liberal conservador.

WELLINGTON LIMA AMORIM é professor universitário e pós-doutor em filosofia pela UFRJ.

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