por Francis Bresci

Os sinos da catedral começam sua balada,
Estão anunciando a passagem do tempo como uma marcha fúnebre de Chopin,
Passaram-se cinco horas, com a impressão de que foram cinco meses.
Tento fugir do tempo, mas é inútil
Ele me devora, rasga-me e me drena
Leva de mim os beijos, as taças de vinho, as pessoas, e claro
Minha juventude.
Demônios!!! Arranquem os malditos sinos,
Eliminem da existência o tempo perdido enclausurado,
Há um mundo lá fora e a custódia não é minha escolha,
Sou como um pássaro e portanto jamais escolheria a gaiola,
Há um mundo lá fora e preciso voar.
Vive-se pouco, para passar o resto da vida em um escritório cinza
E com o badalar dos sinos ir embora, para depois voltar.
Vocês são como eu, pássaros, e a gaiola não é sua vida.
Pássaros voem!! Libertem-se de suas gaiolas, tenham ódio de seus senhores
Eles devoram vossos tempos, devoram sua energia e te dão migalhas para cantarem mais.
Há um mundo lá fora e precisamos voar.
Francis Bresci
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